A palavra nutrição é originada do latim nutriens, derivada do termo nutrire, que quer dizer “alimento” ou “alimentar”. Atualmente, a ciência da nutrição pode ser definida como a soma de diferentes processos bioquímicos e fisiológicos que transformam componentes de alimentos/rações em elementos corporais, que são necessários para sustentar a vida, o crescimento, a saúde e a produtividade.

O que é nutrição animal para animais de produção

Mais especificamente, a nutrição animal para animais de produção é a ciência da preparação, ou formulação de dietas para animais que produzem alimentos (por exemplo, carne, leite, ovos), ou materiais não alimentares (por exemplo, lã).

Em animais de produção, como bovinos, suínos e aves, a nutrição também é importante para obter um produto alimentar de qualidade (por exemplo, carne, leite, ovos), minimizando o custo de produção e a perda de nutrientes não digeridos.

A redução das perdas de nutrientes não digeridos é importante tanto economicamente quanto ambientalmente.

Portanto, a compreensão dos conceitos básicos de nutrição animal é essencial para a formulação das rações visando:

A importância da alimentação na produção animal

A alimentação representa os maiores custos na produção animal. Sendo assim, os nutricionistas devem constantemente se atentar à qualidade das matérias-primas, disponibilidade de insumos mais próximos e matérias-primas alternativas.

Apesar de sabermos que uma boa nutrição é benéfica para o produtor (maior produtividade e redução de custos), para o animal (melhor bem-estar) e para o ambiente (menor produção de dejetos e pressão ambiental), os perigos da má nutrição também devem ser apontados. A nutrição inadequada (sub ou superalimentação) pode afetar a saúde animal.

Quando se trata de nutrição é importante conhecer a fisiologia do trato gastrointestinal (TGI) e estabelecer alguns conceitos importantes.

As necessidades nutricionais e os processos digestivos dos animais domésticos são muito influenciados pela natureza do TGI. Alguns animais, como os bovinos, têm estômagos múltiplos e compartimentados e são classificados como ruminantes.

Já os suínos e as aves possuem estômagos simples não compartimentados e são classificados como não ruminantes, ou monogástricos.

Animais monogástricos têm um único estômago, enquanto ruminantes têm estômagos múltiplos e compartimentados.

Fisiologicamente, os monogástricos são digestores autoenzimáticos no sentido de que as enzimas produzidas pelo próprio animal estão envolvidas nos processos digestivos. Já os ruminantes são digestores aloenzimáticos, em que a digestão é realizada por “outros” (allo = outros), como as bactérias que residem no rúmen, entre outras populações microbianas.

Como os microrganismos estão envolvidos no “processamento” da dieta ingerida, em vez de “digerir”, a fermentação é termo mais apropriado para designar os processos digestivos em ruminantes.

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